Bicho Grilo // Cuiabá

Cuiabá é uma cidade incrível. A primeira coisa que chama a atenção de cara é o calor, claro. Muito, mas muito quente mesmo. Quente de verdade. A segunda coisa que chama a atenção é a quantidade de grilos que tem na cidade. Em BH eu vejo uns dois, três grilos por ano. Imagino que em São Paulo ninguém vê um grilo há décadas (exceto no sentido figurado, claro...). Em Cuiabá tem tipo uns 10, 20 grilos por quarteirão. Muitos mortos, muitos vivos. No começo você estranha, depois acostuma. Por fim até sente uma certa simpatia pelos bichinhos. Até onde eu saiba, são limpinhos.

O povo de lá é o mais legal também. Acho que nunca fizemos tantos amigos rápido que nem lá. A comida também é fantástica.

Tocamos num evento da Skol ( clique aqui: http://www.nologo.org/). Em cima de um trio elétrico. Para sei lá quantas mil pessoas. Foi realmente divertido e surreal. Pelo menos não tivemos que preocupar com nossas roupas, porque ninguém lá embaixo via nada abaixo do pescoço mesmo. Foi um show ótimo, e o pessoal parece ter gostado também. Enquanto a gente esperava nossa vez, vimos um set do MauMau inteiro. Aff... Preenche a alma ver o homem tocando. Ele diverte as multidões com controle absoluto, como se tivesse passando geléia no pão de manhã. Sem dúvida, ainda é o melhor DJ do Brasil. Fino demais.

No outro trio elétrico teve o Edu K tocando com o DJ Dolores, e o Scandurra tocando com o Camilo Rocha. Esses eu não vi, infelizmente. Todos os trios rumavam para o palco principal, onde teve show do Capital Inicial e, acreditem se quiser, da Blitz. Sim, a Blitz. Evento democrático e eclético!

Durante o show comecei a sentir cheiro de queimado. Fiquei com medo de ser alguma parte do nosso equipamento, mas depois percebi que um monte de grilos, atraídos pela luz, pulavam nas lampadas que ficavam no chao, e depois fritavam lá. No fim do show tinha DOZE grilos mortos no meu refletor. Salvei uns, mas nao dava pra salvar todos. Principalmente os que já tinham morrido. Bem, a vida é assim... Metafórico, não?

Tomara que alguém chame a gente pra voltar lá rápido. Uma cidade cheia de gente doce, comida excelente e público animado. Não preciso de mais nada para ser feliz.

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