We Sing Hawaii

Depois que os PunxSoundchecks foram embora, achei um disquinho perdido no ap. O Fabiano disse que era uma faixa que eles deixaram pra gente fazer um remix. Abri no computador e descobri que a faixa é cantada pelo Steve Strange, vocalista e lider do Visage... Agora é a responsa de fazer um remix bom, em nome dos nossos amigos Punx e em nome da minha adolescencia ouvindo Visage. :)

Entao tamos indo amanha pra Londres... Quando chegamos aqui, falaram que tinham fechado um show pra gente lá... Ficamos muito felizes, claro, pq lá é legal. Falaram que era num lugar chamado Fabric, e ficamos felizes do mesmo jeito. Depois, a cada vez que falavamos que iamos tocar no Fabric, todo mundo olhava com cara de espanto... Descobrimos depois que lá é simplsmente o club numero UM do planeta terra... Sabe aquela pesquisa que diz que o D-Edge é o numero 3 do mundo? Pois é, o Fabric é o numero 1. Todo mundo diz "Voces vao tocar no melhor clube da Europa". Beleza. E dizem que é muito dificil tocar la, o que nos deixa feliz e orgulhoso. Por esses dias vai ter Chemical Brothers tocando la. Fora o resto da constelacao que tambem tá no site. Nem comento. Pelo visto o lugar sao tres salas. Na nossa sao esperadas 1750 pessoas. E TODAS as noites sao sold outs. Entao é só esperar a alegria. Nós, Huntemann e DJ Hell. Gigolo na area.

Ai, ai, conhecer umas pessoas legais é bom, nao? Pra mim é a melhor parte de tudo. Quando aparece gente realmente legal, é muito bom. Trocar ideias, experiencias, visoes. Pois essa semana tivemos a visita do PunxSoundcheck, de Londres. Falei um pouco la embaixo sobre eles, mas aqui vai mais... A banda é formada por dois caras. Um é o John Taylor, a pessoa de todo o planeta que mais gosta do Digitaria. Ex produtor de techno nos anos 90, ex produtor de Gabba (produyiu o maior hit ever da historia do gabba), ja trabalhou com Marc Almond, Boy George, ja remixou oficialmente Duran Duran, Ladytron e Sigue Sigue Sputnik. Foi do exercito ingles por 10 anos, lutou na Bosnia e em Angola, mas depois largou tudo e ficou só como DJ. Ja tocou no mundo todo, da Russia ao Brasil. Mora numa casa mal assombrada em Londres. O outro cara é o Arif. Anda sempre com um laptop, tem 42 anos, uma filha e realmente estava la quando tudo comecou, no final dos anos 80 em Londres. É a cara do Oswaldo Montenegro e f

compor ensaiar e se divertir

Ontem ficamos conhecendo o pessoal do Punxsoundcheck, amigos de longa data de trocas de emails... Eles sao provavelmente as pessoas que mais gostam do Digitaria que ja conheci na vida. É até estranho conversar, eles conhecem cada detalhe, cada parte de cada musica. Sao de Londres mas tocam no mundo todo. Uma dupla de produtores fodoes... No disco deles tem participacao do Boy George, Larry Tee, Princess Julia e Marc Almond, do Soft Cell. Vieram visitar o cafofo do Digitaria, comeram salsicha, biscoito, tomaram agua e flash power. Um dos caras ficou falando de dinossauros, alienigenas, CIA, chackras e dobras no tempo. Lá pro meio da noite ele falou do Marc Almond... A gente comentou que era fa do Soft Cell e ele respondeu "sério mesmo? ele vai ficar muito feliz de saber disso, ele ama seu disco. vou marcar um café em londres entao!" Só.

E o show do Maria foi o melhor até hoje. Pra comecar, o camarim era maior que a Obra, com mil bebidinhas e sofás gostosos. Em segundo lugar, o palco era lindo, enorme e perfeito. Em terceiro lugar era a festa mais legal da cidade, de encerramento da Love Parade. Em quarto lugar, tinha vários amigos queridos lá: a) Heyss... Amigo de longa data, musico, tarologo, numerologo, escritor... Morou no Rio, em NY e agora tá passeando pela Europa... Tava lá todo animado, cantando e dancando que nem louco no show... É o tipo de coisa que levanta a moral quando vc tá no palco. b) Joe, o fan. Joe o fan é Joe, o fan. Nosso primeiro fan, pelas nossas contas. Descobriu que tinha o show em Munich e deu um jeito de entrar, mesmo sendo uma festa fechada... E agora, em Berlin, do outro lado do pais, quando a gente olha no publico lá está... Joe, o fan... É esse cabeludinho da foto ai embaixo. c) Tio Frank, o tour manager. Chegou no show com duas bicicletas para emprestar pra gente. Normalmente ele nao pod

http://www.geburtstagsklub.de/

http://www.youtube.com/watch?v=DROZ_y5-NpI

E amanha tem entao a festa da Love Parade do Club Maria. Com esse nome achei que era algo esquisito, mas fiquei sabendo que é um dos lugares mais hypados de Berlin. Tocamos com The Youngsters, que nao conheco mas dizem que é legal. Fui dar uma olhadinha no site pra ver o nivel de lá, quem ja tocou e tal. Achei uma listinha: 2ManyDJs, Afrika Bambaataa, Afufen, Alter Ego, Apparat, Ascii Disko, Autechre, Beastie Boys, Black Eyed Peas, Elien Allien, Gus Gus, Jeff Mills, LCD Soundsystem, Laurent Garnier, Le Trigre, Miss Kittin, Peaches, The Fall, Yeah Yeah Yeahs... E só.

Ontem foi dia de ir no show do Depeche Mode... Como ninguem sabia como chegar la, entrei no site do metro e digitei onde eu estava e pra onde eu ia. Ele me mostrou que eu tinha que pegar o metro X na estacao tal, que saia a X horas, X minutos e X segundos, me falou que o metro ia demorar X minutos para chegar na estacao, e que, chegando la, eu devia subir as escadas da direita e andar 13 minutos na direcao tal até chegar ao estadio onde ia ser o show. Aqui é assim, tudo é milimetricamente organizado, e sempre dá certo no final. Compramos uma meia duzia de cervejas e uma garrafa do meu nome amigo, o vinho Le Patron. No metro já nao tinha como se perder... Hordas de pessoas com camisetas do Depeche Mode. Na saida, foi só seguir o fluxo que ja caimos dentro do estádio. Eu achei que era um show pra umas 10.000 pessoas. Até mesmo porque foi o terceiro show em Berlin em dois meses. Mas tinha mais, muito mais, umas 30.000 pessoas, num lugar lindo, a ceu aberto... Sabiamos que ia ter uma band

Berlin é o lugar com mais diversidade humana que ja conheci. Voce anda na rua e, no mesmo quarteirao, ve um grupo de chineses, depois de africanos, depois de muculmanos. No metro tem gente com cara de esquimó, de colombiano, de africano de novo. E muito. Tem lugares onde os alemaes mesmo sao quase uma minoria étnica. É lindo. E todos se respeitam. Acho que depois dos acontecimentos do século passado a rapaziada pos a mao na consciencia e resolveu aderir ao paz e amor. Que bom, nao? E os grupos sociais nao sao apenas étnicos, claro... Milhoes de góticos em bando, metaleiros com cinto de bala, gays andando de maos dadas e se beijando no meio da rua... Aliás, um dos primeiros amigos que fiz aqui se casou legalmente com um homem e conseguiu cidadania... E semana passada descobri que o prefeito de Berlin é assumidamente gay. Aqui, pelo visto, a sociedade nao se divide tao claramente entre os normais e os outros . Tem espaco pra todo mundo.

Traumfinale = Final dos sonhos... Brasil x Austria... Esse foi o mote da festa de sabado passado, a gente e depois um pessoal austriaco... Nem sei se a Austria entrou na copa. Entrou? Mas o Brasil entrou, rodopiou e saiu. Desde o primeiro jogo já tava na cara que nao ia constar, né?

Subi aqui dois videozinhos no YouTube... http://www.youtube.com/watch?v=wZTFQVerl_8 (Sym ao vivo em Guben, na Alemanha) http://www.youtube.com/watch?v=oaxZtwJ5WIY (Anti ao vivo na Austria, do ponto de vista de uma pickup funcionando)

Esqueci de dizer que o povo da Austria é o povo que danca mais estranho no mundo. Parece que todo mundo tomou chá de cogumelo. Mas eles nao tomaram. Parece um monte de Smurf pulando pra la e pra cá, agacha, senta, levanta o braco, dá pirueta. Tinha um cara especificamente que era o cara que dancava mais engracado que ja vi na minha vida. 100% cool. 0% de preocupacao com o que os outros vao pensar. E aqui umas fotos turiticas da Austria para a familia ver: um palacio tem um castelo atrás aqui que a gente tocou. momento bucolico esse é o tio frank, o tour manager palacio generico da austria

E entao chegamos na Austria, um dia depois de Guben. Ooooooooooutra realidade, sem duvida. Os promoters da festa eram uns jovens felizes e descolados, adoradores da musica eletronica. O club era lindo, um lugar meio obrigatorio pra quem vai na Austria. O Sepultura tocou lá no ano passado, segundo eles. O lugar era tao legal que tinha até um HOTEL no segundo andar, pros artistas. Chic, nao? Voce toca, sobe as escadas e sonha com os anjinhos. As estruturas dos lugares aqui sao coisas realmente incriveis. O show foi lindo, um dos melhores... O povo dancava sem parar, foi uma alegria só. Tocamos todas as musicas que tinhamos e ainda deu vontade de tocar mais. No outro dia fomos na casa de campo do promoter, pra um almoco. É incrivel como o pessoal de lá - e da Alemanha - sao felizes. Eu sei que tem indices de suicidio e tal, mas é realmente de dar inveja a vida de um jovem aqui na Europa. Eles nao se preocupam com nada. Faz faculdade quem quer, vira artista quem quer, viaja-se o mundo semp

Chegamos la, bebemos uma vodka cada um e subimos no palco. O povo era tipo o povo do castelo. Isolados na fronteira, sem um pingo de informacao. No brasil seriam chamados de ´mal verstidos´ pela galera in que acha que cybermano é o fim. Pra mim, particularmente. acho muito excitante tocar pra esse povo, eles estao lá só pela musica, e a reacao deles é a mais fiel de todasl. Antes da gente tocou um DJ de trance. Umas 5 pessoas dancaram. Fizemos o show. O palco era alto e o som muito bom, entao foi um show muito bom. Umas 15 pessoas dancaram. Depois do show chegou um DJ de minimal. Umas 3 pessoas dancaram. Achei que o pessoal nao tinha gostado muito, pq ficou todo mundo parado. Depois me disseram que o pessoal de la nao tem o habito de dancar nessas festas. Nao é interessante a diversidade humana? O povo vai pra festa de musica eletronica pra nao dancar. Eu acho isso muito legal. Sério mesmo. Quando eu tava pensando sobre isso no meu cantinho chega o organizador da festa. Acho que ele er

Entao chegamos na fronteira da Polonia. Como o pais ainda nao faz parte da EU, tivemos que parar na fronteira. Cidadaos europeus passam rapidinho, mas nossos passaportes verdinhos nos renderam 45 minutos de espera. Tiveram que digitar todos os nomes, descobrir se eramos criminosos ou nao. Chegamos entao a cidade de Gubin. Sim, na Alemanha é Guben, e na Polonia é Gubin. Era uma cidade só antes das guerras e depois foi dividida. Alias, pelo que eu percebi, a Polonia é mestre em apanhar de paises com sede de poder na regiao... Me contaram de n vezes que a Polonia apanhou, perdeu territorio, apanhou, voltou, etc... Tentei me lembrar de alguma contribuicao da Polonia pra humanidade e só cheguei no Joao Paulo II. Só. Achei que ia ser como na Alemanha, mas impressionantemente é tudo diferente. A lingua, as pessoas (mais bonitas), as casas, o clima, a energia do lugar. Era realmente outro pais. Pedimos uma informacao pra um habitante sobre um bom lugar pra comer. Ele disse que na cidade inteir

E entao voltamos da chic munich pra Berlin, trocamos de roupa, tomamos um banho, encontramos Tio Frank, o tour manager, e rumamos pro proximo show, em Guben. Chegando la, descobrimos que era uma cidade tipo a medieval que visitamos... Coisa pesada do interiorzao da Alemanha, a ultima cidade antes da Polonia... O unico hotel da cidade era tipo uma colonia de ferias do Sesc, cheia de velhinhos bem velhinhos sentados em volta da piscina ouvindo musica. A decoracao do hotel era sobre as fabulas infantis... Ursinhos, Chapeuzinhos Vermelhos e Lobo Maus por onde andavamos. Mais um momento surreal da vida. Se tudo continuar assim, um dia eu saio de orbita e nao volto mais. Fomos la passar o som. O palco era grande e bonito, e, para nossa alegria, o show era num lugar aberto, na beira de um lago lindo. Aqui nao tem praia, entao o povo se joga nos lagos que nem a gente nas praias. E como o inverno é ultra rigoroso, o povo pira no verao, passam o dia todo pelados nos lagos, nos parques, jogando v

Show engracado. A festa era um evento fechado com patrocinador famoso e tal. Primeeiro ficou um pessoal vendo o jogo, e depois era a festa. Quando comecou o show, o pessoal, que nao me parecia ter tanto interesse em musica assim, estava do lado de fora da casa, que era toda de vidro, muito bonita. Tocamos as primeiras 4 musicas para umas cinco pessoas, mas depois encheu. Antes do show o promoter da noite nos deu 72 fichas de bebidas. Sim, 72. Dividindo isso por quatro da 18 por pessoa. Putz, 18 vodkas mata, esse cara pode acabar tendo problemas se continuar com essa media com seus artistas. Ai o show em si foi leve e divertido. Sem muita gente, subimos pra tocar mais pra nos mesmos do que pro povo que tava la. No meio encheu bastante, mudamos o setlist em cima da hora e tudo correu bem. No fim tinha até um moco lá que tinha o disco e entrou de penetra na festa só pra ver a gente. Em cada cidade tem umas pessoas que ja conheciam a banda, que baixaram o disco no Beatport ou algo assim.

o bar que tocamos e a people chic o hell depois do show nos ganhamos 72 fichas de drinks. voce imagina o resultado. é o nest! olhando para o futuro... e o hotelzinho de manha...