Austria

E entao chegamos na Austria, um dia depois de Guben. Ooooooooooutra realidade, sem duvida. Os promoters da festa eram uns jovens felizes e descolados, adoradores da musica eletronica. O club era lindo, um lugar meio obrigatorio pra quem vai na Austria. O Sepultura tocou lá no ano passado, segundo eles.

O lugar era tao legal que tinha até um HOTEL no segundo andar, pros artistas. Chic, nao? Voce toca, sobe as escadas e sonha com os anjinhos. As estruturas dos lugares aqui sao coisas realmente incriveis.

O show foi lindo, um dos melhores... O povo dancava sem parar, foi uma alegria só. Tocamos todas as musicas que tinhamos e ainda deu vontade de tocar mais.

No outro dia fomos na casa de campo do promoter, pra um almoco. É incrivel como o pessoal de lá - e da Alemanha - sao felizes. Eu sei que tem indices de suicidio e tal, mas é realmente de dar inveja a vida de um jovem aqui na Europa. Eles nao se preocupam com nada. Faz faculdade quem quer, vira artista quem quer, viaja-se o mundo sempre que se tem vontade...

Esse povo da austria, especificamente, me pareceram ser a turma mais feliz do mundo. Trabalham com web design, musica, etc, ganham tubos de dinheiro, tem uma casa inacreditavel no topo de uma montanha e parecem ser pessoas completamente felizes e despreocupadas com a vida. TUDO está assegurado. O governo dá muita coisa, os empregos pagam muito bem, trabalha-se muito poucas horas... É claro que existem AS questoes existenciais... Quem eu sou, para onde vou, a fome na Africa, essas coisas. Mas é diferente do Brasil, onde 90% dos meus amigos tem que trabalhar o dia todo pra sobreviver, ou quem tem sorte faz uma faculdade, sempre com a duvida do dia de amanha, da sobrevivencia, do desemprego.

Eu adoraria ter o romantismo de dizer que a vida é dificil para todos, que a dor é a mesma para todos, mas, sinceramente, tá dificil.

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